quarta-feira, 23 de julho de 2014

                                             






                                                                    coca cola






O Logotipo da Coca-Cola é um desses ícones que parece resistir ao tempo e permanece inalterado durante décadas. Ao menos é o que parece, pois, na realidade, o logotipo do jeito que o conhecemos atualmente já passou por mais de 15 alterações entre tipologia, proporção, e cores. Se compararmos o primeiro logo manuscrito que a empresa utilizou em 1887 com o atual, olhos desatentos não notarão grandes diferenças, jé que ambos são manuscritos e ambos mantém a base do primeiro “C” como uma linha de base do logo, e a parte superior do segundo “C” atravessando a letra “L” como se fosse uma linha no olho da agulha.

Reza a lenda (ou seria verdade?) que quem desenvolveu esse logo seria a equipe de contadores da empresa. Verdade ou não, antes dele a empresa simplesmente publicava o logo em anúncios e cartazes com uma letra caixa alta, serifada, que pouco ou nada tem a ver com a tipologia atual.

Primeiro logo utilizado em anúncios e cartazes em 1886:















A partir de 1886 aparece o tal logo desenhado pela equipe de contabilistas ou contadores da empresa, usados em rótulos de garrafas:








A partir de 1900 a empresa passa a usar um logo mais espichado com a letra ligeiramente mais grossa:








Entre a década de 10 e a década de 40 diversas leves mudanças são feitas no logo. No início da década de 40, o novo design já passa a ser parecido com o atual, mas ainda não se utilizam cores, já que imprensa, anúncios e rótulos da época são, na maioria, em preto e branco.






Da década de 50 à década de 60, a empresa começa a utilizar a cor vermelha que seria a cor utilizada em definitivo até os dias de hoje em um logo chamado de “Rabo de peixe” (Fishtail)






Na década de 60 as ondas são introduzidas no logo:












Com a introdução da nova Coca-Cola, em 1985, o nome passa a ser “New Coke e novo Logo passa a mostrar a mudança:

















Em 1987, com a indefinição do sucesso ou não da nova Coca, a empresa passa a utilizar um logo com os dois nomes. Coca-Cola continua como marca principal e Coke passa a ser o apelido:









Nos anos 90 o círculo passa a ser usado com o icônico desenho da garrafa por trás da marca:






No início do século a comunicação que viria a ser utilizada em material promocional, anúncios, embalagens e duraria 10 anos:









A partir de 2009 a empresa passa a utilizar a cor vermelha na fonte. Fato que parece um Deja-vu, mas que nunca tinha ocorrido. Até então a fonte era sempre representada em branco ou preto.












Em outros países, fora dos Estados Unidos, a empresa tentou, em diversas ocasiões adaptar a marca ao abecedário local. O resultado pode ser visto abaixo:







quarta-feira, 2 de julho de 2014


Bandeira de Portugal









1143






A ostentação de bandeiras era algo de relativamente recente nesta época. As bandeiras derivavam dos escudos de armas usados pelos senhores feudais (o primeiro brasão tornado bandeira parece ter sido o do reino de Jerusalém, por concessão do Papa Urbano II).

O escudo do Condado Portucalense era o do conde D. Henrique, teria consistido numa simples cruz azul sobre fundo de prata (idêntico, curiosamente, ao brasão da cidade portuária de Marselha).

Duarte Nunes de Leão, na Cronica Brandão na Monarquia, diz que as cores com que era pintado o escudo de D. Afonso Henriques eram branco assentando nele uma cruz azul daquele feitio que se chama potentea, por ter a haste mais comprida que os braços.


1248






    1385




De acordo com as práticas heráldicas da época, por não ser filho primogénito de D. Afonso II, ao herdar o trono de seu irmão D. Sancho II por imposição do papa Inocêncio IV, Afonso III não poderia usar armas limpas, isto é, usar o brasão de seu pai sem introduzir alterações. Pensa-se que a introdução da bordadura vermelha castelada a ouro tivesse a ver com o facto de sua mãe (Urraca de Castela), ser castelhana ou, em menor probabilidade, influenciado pelo seu casamento com Beatriz de Castela. No entanto, a tradição fixou outra história, corroborada por inúmeros cronistas ao longo da nossa história (Duarte Nunes do Leão, Frei António Brandão, etc.) — a de que os castelos representavam as fortalezas tomadas por AfonsoIII aos mouros no Algarve. Estes representam, assim, a integração do Reino mouro do Algarve na coroa de Portugal, doravante chamada de Reino de Portugal e do Algarve. Estes cronistas referem vários castelos, não concordando,porém, entre si, quanto a quais (Albufeira, Aljezur, Cacela, Castro Marim, Estombar, Faro, Loulé, Paderne, Porches e Sagres), pelo que, embora escrevam numa altura em que se achava já fixado em sete o número de castelos, aludem a um número superior. Foi nesta teoria que a comissão encarregue de propor o desenho da nova bandeira republicana, em 1910, se baseou para justificar heraldicamente a presença e o significado dos sete castelos na bordadura


                                                                     
                                                                      .1485





Com a subida ao trono do Mestre de Avis, D. João, produziu-se nova quebra na continuidade dinástica, já que não era filho legítimo de D. Pedro I; assim sendo, para se distinguir do predecessor (o seu meio irmão D. Fernando I), adicionou às armas nacionais a flor-de-lis verde que constituía o símbolo da Ordem de Avis, ficando cada uma das quatro pontas visível sobre a bordadura dos castelos. É a primeira bandeira cuja historicidade está comprovada — todas as anteriores são reconstruções. É também nesta época que surgem as primeiras referências ao uso do termo quina para designar os escudetes das armas nacionais.

1481




1495









Com a subida ao trono do filho de D. Manuel I, D. João III, procedeu-se a alterações menores no formato e composição do escudo. Seguindo o gosto humanista, típico da época, estabeleceu-se o formato redondo na parte inferior do escudo (formato dito português), acompanhando as quinas a mesma alteração. Foi neste reinado que o número dos castelos parece ter voltado definitivamente aos sete

                           1557                           
1640
1816


1628


1911





Logo após a Revolução Republicana, em 5 de Outubro de 1910, a Bandeira da Monarquia Constitucional foi abolida.
Houve então um grande debate sobre a manutenção das cores tradicionais, azul e prata (branco), retirando-se apenas os símbolos da Monarquia Constitucional (Coroa), ou pela adopção do verde e vermelho do Partido Republicano Português, e da organização para maçónica Carbonária. Embora muitas das propostas para bandeiras se centrassem no azul e branco (como, entre outras, a do poeta Guerra Junqueiro), o vencedor final foi uma bandeira vermelha e verde, cores associadas ao PRP desde a revolta de 31 de Janeiro de 1891. Os autores do actual desenho da bandeira são Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho.
A bandeira era baseada na que Machado Santos usou, bem como a hasteada pelo navio Adamastor, durante a Revolução Republicana. O governo ordenou desde logo à Cordoaria Nacional que fossem confeccionadas em larga escala, para que fossem hasteadas por todo o país nas repartições oficiais no 1 de Dezembro seguinte, feriado que se tornou na altura o Dia da Bandeira.
Em termos heráldicos, a bandeira vigente apõe dois esmaltes (verde e vermelho) sem separação por qualquer metal, o que expressa a representação de uma região (2ª importância) e não de uma nação (1ª importância), facto que não sucedia com a aposição de um esmalte e de um metal (azul e prata) nas cores nacionais.
Nas duas revoluções que conduziram a outras tantas mudanças de regime, os sucessivos governos republicanos nunca alteraram o desenho da bandeira.